31 de março de 2007

Revolução Francesa


Essa cronologia foi tirada do site: www.wikipedia.com.br



Eventos que precedem a Revolução mas que são relevantes

1785

1786

Fase Pré-Revolucionária

1787

1788

1789

  • 24 de Janeiro: Instabilidade geral, ocasionada pelas condições económicas, converge para a invocação dos Estados Gerais pela primeira vez, desde 1614.

Estados Gerais e Assembleia Constituinte

1790

1791

Assembléia Legislativa

1792

A Convenção Nacional

1793

1794

1795

O Diretório

1796

1797

1798

1799

Início da Era Napoleónica

Não há uma data precisa para o início da Era Napoleônica. O Golpe do 18 Brumário dissolveu o Diretório; A Constituição seis semanas depois o dissolveu formalmente.

12 de março de 2007

Crise do Império

Bom, esse texto é um resuminho sobre a crise que abalou o Segundo Reinado e possibilitou a Proclamação da República.

O processo que levou à crise do Império

- Emergência de novos grupos sociais

Desde a década de 1870 a economia vinha passando por rápidas transformações. O café a altos preços era exportado, com isso o comércio externo crescia rapidamente, as ferrovias expandiam-se unindo as principais regiões do país. O comércio externo diversificava-se. Isso tudo estimulou o surgimento de uma classe média formada por profissionais liberais, pequenos comerciantes e industriais, militares e funcionários públicos civis, cafeicultores. Essa classe média conseguia crescer cada vez mais, mas não conseguiram o poder político que precisavam, os órgãos administrativos eram antiquados e ineficientes, assim a camada média desejava reformar o aparelho do estado adaptando-o as novas necessidades. Para isso aderiram à causa republicana.

- Questão religiosa

A constituição de 1824 assegurava a união entre Igreja e Estado.

Em 1872 os Bispos de Olinda e Belém determinaram que as irmandades religiosas expulsassem as pessoas ligadas à maçonaria. O imperador ordenou o cancelamento da medida. Os Bispos se recusaram a cumprir a ordem, foram presos e condenados a trabalhos forçados. Apesar da anistia concedida em 1875 as relações Igreja-Estado se deterioraram e alguns padres passaram a apoiar a causa republicana.


- Questão militar

Quando os militares voltaram da Guerra do Paraguai, estavam fortalecidos, vitoriosos e queriam que os civis lhes retribuíssem os sacrifícios feitos em combate, com respeito e promoções mais rápidas. O governo imperial não atendeu a nenhuma destas pretensões, aumentando o fosso que separava os militares , vindos em sua maioria das camadas médias, do Império elitista e aristocrático.

Os militares achavam que o país deveria ser governado com base em princípios científicos, técnicos, matemáticos e que os políticos civis eram ótimos para discursar mas péssimos para governar. Tal linha de raciocínio vem da filosofia positivista do matemático e filósofo Augusto Comte. Comte era republicano e foi o fundador do positivismo , sistema que em política, defendia a instalação de uma república centralizada e forte.

Em 1883,alguns oficiais do exército, liderados no Rio de Janeiro pelo tenente coronel Sena Madureira, atacaram pela imprensa um projeto de reforma do montepio militar em tramitação na Assembléia Geral. O projeto foi arquivado, mas o governo proibiu manifestações de militares pela imprensa.

No ano seguinte , Sena Madureira manifestou apoio a um jangadeiro cearense, que se recusou a transportar em sua jangada escravos para um navio negreiro. Como punição, o governo o transferiu para o Rio Grande do Sul. Em 1886, Sena Madureira publicou um artigo sobre o episódio no jornal republicano A Federação. O ministro da Guerra exigiu sua punição.

Em Porto Alegre, o marechal Deodoro da Fonseca, presidente e comandante militar do Rio Grande do Sul, recusou-se a punir Sena Madureira. A resposta do governo foi destituí-lo da presidência e do comando militar da província. Deodoro voltou ao Rio, onde foi recebido em triunfo por militares e republicanos. Assinou então violento manifesto escrito por Rui Barbosa em defesa do exército. Para contornar a crise, o governo cancelou as punições.

- O golpe final

A grande base de sustentação do império eram os donos de terras e escravos. Com a abolição, a monarquia perdeu essa força de sustentação. A campanha abolicionista havia agitado o país de norte a sul, interligando-se com a campanha republicana, desmoralizou as

autoridade imperiais, cujo poder desmoronava.

Após o lançamento do manifesto Republicano, surgiram clubes e jornais antimonarquistas em todo o país. Em 1873, os republicanos de São Paulo realizaram a Convenção de Itu. Seu objetivo foi unificar os movimentos contra a monarquia num único partido, liderados pelos grandes fazendeiros do café. Da reunião surgiu o Partido Republicano Paulista (PRP).

A partir de então, a campanha cresceu rapidamente, ganhando força irresistível depois de 1880, mas faltava um empurrão final. Esse seria dado pelos militares. A 11 de novembro de 1889, diversos republicanos, se reuniram com o marechal Deodoro da Fonseca para convencê-lo a liderar o golpe final contra a monarquia.

Deodoro assumiu, a 15 de novembro, o comando das tropas do Rio de Janeiro e ocupou o Ministério da Guerra. Nesse momento Deodoro proclamou a República.

** Fim da escravidão

Depois da guerra do Paraguai, que terminou em 1870, a emancipação dos escravos virou questão de honra nacional. Nos campos de batalha, ao lado dos homens livres, lutaram muitos escravos, estimulados pela promessa de liberdade. Entre os Voluntários da Pátria, como eram chamados os pelotões que lutavam na guerra, formaram-se inúmeras divisões compostas apenas por negros e que foram decisivas para a vitória nacional.

Com o aumento do movimento abolicionista, começaram a surgir associações que ajudavam os escravos a fugir, quebrando a disciplinas nas senzalas.

Duas leis que reconheciam o direito dos escravos à liberdade se sucederam, antes daquela que pôs fim à escravidão: a lei do Ventre Livre, de 1871, declarando livres os filhos de escravas nascidos a partir daquela data; a lei dos Sexagenários, de 1885, emancipando os escravos maiores de 60 anos. Os abolicionistas a consideraram brincadeira de mau gosto, pois a vida útil do escravo adulto era em média de dez anos e, portanto, haveria muito poucos acima desta idade.

No auge das campanhas, a 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a lei Áurea. Tinha apenas dois itens:

art1º - É declarada extinta a escravidão no Brasil

art2º - revogam-se as disposições em contrário

4 de março de 2007

A Febre do ouro

Este texto é um resumo de artigos da Nossa História e da História Viva. Foi usado como apostila do 2º ano.


A Febre do Ouro

A corrida do ouro, entre o final do século XVII e a primeira década do XVIII, foi talvez a maior migração de homens brancos e livres na América portuguesa ao longo de todo o período colonial. Em dez anos, a população das Minas atingira a cifra de 50 mil indivíduos (em 1720 atingiria a marca de 250 mil habitantes). Uma população extremamente heterogênea, formada por brancos europeus e americanos, africanos e índios de diferentes nações, mestiços de todo tipo.

Toda essa multidão se distribuía por pequenos povoados estabelecidos de forma improvisada e provisória, com ranchos de pau-a-pique, cobertos de palha, nos quais os moradores apenas dormiam, já que todo tempo disponível era dedicado à mineração.

A cronologia da descoberta do ouro nas regiões de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás é incerta e duvidosa. O que se pode dizer é que as descobertas de 1693 a 1694 tornaram o Brasil o maior produtor mundial de ouro da época. Os primeiros achados em volumes consideráveis se deram nos leitos dos rios e ribeirões que em grande número cortavam a área, configurando jazidas sedimentares aluvionais.

As crises de abastecimento

Logo no início, duas grandes crises de abastecimento e de fome (a primeira entre 1698 e 1699, a segunda entre 1700 e 1701) se abateram sobre os mineradores, agravadas porque a crescente população se concentrava em núcleos urbanos, que se estabeleciam nas proximidades das lavras mineras, estas por sua vez situadas junto aos leitos dos rios. Os mineradores viram-se obrigados a recorrer à caça para garantir algum sustento, em algum tempo toda a fauna da região seria dizimada, agravando ainda mais a situação.

Para resolver a questão, a Coroa iniciou uma política de concessão de terras entre a população livre proprietária de escravos, as chamadas sesmarias, que passaram a produzir parte dos gêneros de subsistência para a população. A mandioca era o principal gênero alimentar, consumido na forma de farinha, como também o milho. O comércio do litoral para essa região central também era vital para o abastecimento, cuja base da alimentação era a carne bovina que vinha da região dos currais do sertão entre Minas e Bahia. Produtos de luxo e mão de obra escrava vinham dos portos de Salvador da Bahia, bem como do Rio de Janeiro; as cavalgaduras vinham de Pernambuco.

Alguns gêneros alimentícios constituiriam uma fina iguaria: o tão prosaico sal, vindo de Portugal, junto com a manteiga, o queijo e o bacalhau, custavam caríssimo e poucos eram os que se davam ao luxo de salgar seus alimentos.

A cachaça e a mineração

Se o sal era raro, a cachaça corria farta. Desde o início ela foi um gênero de primeira necessidade. E não é difícil entender as razões. A mineração era uma atividade extremamente difícil e penosa, que exigia um alto consumo calórico. Os mineradores passavam todo o dia com o corpo praticamente imerso na água fria, batendo e transportando cascalho dos rios até as margens, para ser então lavado. Nessas condições, a aguardente não só fornecia as calorias necessárias, mas também proporcionava um estado de semi-embriaguez que tornava mais suportáveis as condições de trabalho tão adversas.

Fortalecimento da mineração, enfraquecimento dos canaviais.

O êxodo de milhares de escravos negros colocou em risco as lavouras do tabaco e do açúcar, considerados os pilares da economia colonial. As multidões que buscavam o ouro nos sertões deixavam para trás um rastro de abandono, com engenhos desmantelados, lavouras perdidas e fábricas desamparadas. A colonização das áreas minerados não foi realizada inicialmente, pois seria um empreendimento arriscado. Afinal, não se sabia ao certo a extensão dos achados auríferos, feitos até então nos leitos e tabuleiros dos rios, e não em minas beta.

Áreas mineradoras: crescente ameaça.

Maiores ainda eram os receios de natureza política. Em primeiro lugar, temia-se que as riquezas recém descobertas viessem a se transformar rapidamente em alvo de cobiça das nações estrangeiras, que não hesitariam em invadir e assaltar os portos marítimos em busca do ouro. Outros ponderavam a respeito das riquezas: não estariam elas fadadas a mal aportar em Portugal para dali seguir direto para França, Inglaterra, Holanda e Itália, em pagamento das volumosas importações fortalecendo perigosamente o poder bélico das potências rivais?

No plano interno não eram menores os dilemas. A corrida do ouro ajuntaria homens turbulentos numa região fora do controle da coroa, encravada em meio aos sertões distantes e inóspitos, e bem poderia originar uma república independente a desafiar o poder de el-rei. Tal gente rebelde poderia vir a se associar com o inimigo esterno, minando de vez a autoridade régia sobre a região mais rica do vasto império português.

Para a coroa, mais importante que a exploração sistemática do metal, era garantir que a descoberta das minas não colocasse em perigo o resto da América. Uma série de medidas restritivas foi então imposta, a começar pela proibição do trânsito de pessoas e mercadorias pelo Caminho da Bahia. Para conter o êxodo dos escravos, estabeleceu-se uma cota de duzentos cativos que poderiam ser adquiridos anualmente pelos paulistas.

Mudança no significado econômico e político das áreas mineradoras.

Por volta de 1707, quando ocorrem as primeiras descobertas do ouro beta – retirado da rocha mediante escavações profundas -, é que o significado político e econômico das Minas sofre uma profunda mudança. A partir daí, o pessimismo inicial dá lugar à convicção de que o ouro é certo e duradouro, alterando por completo a posição da região mineradora na conjuntura do império português. O resultado imediato disso é a resolução, por parte da coroa, em estabelecer finalmente o governo político e militar nas Minas, submetendo-se aos domínios ultramarinos. Não é por acaso que a nova orientação política coincidiu com a explosão da Guerra dos Emboabas (1707- 1709)

A Guerra dos Emboabas

As diferenças entre paulistas e forasteiros dividiram a população. O crescimento da tensão entre os dois lados acabou resultando, entre 1707 e 1709, em uma série de conflitos armados pelo controle das minas, conhecida posteriormente como a Guerra dos Emboabas. A guerra opôs os paulistas e os recém emigrados para a área, estes apelidados genericamente de emboabas, palavra que deu nome à disputa.

Os paulistas alegavam a sua condição de descobridores para pleitear um tratamento especial, reivindicando para si o monopólio das terras de sesmarias e dos cargos e postos administrativos. Lastreados nas promessas feitas aos descobridores ao longo de todo o século XVII, quando a Coroa havia desenvolvido uma política sistemática para trazer à luz o ouro tão almejado, eles consideravam a presença dos forasteiros uma ameaça rela aos seus interesses, vendo-os com desconfiança e receio.

Tal guerra foi na verdade um levante encabeçado por forasteiros contra os paulistas, sob a justificativa de que esses últimos se comportavam de modo tirânico e despótico, dispensando aos que não fossem paulistas o tratamento que se dava então aos escravos. Sob a bandeira da luta contra a opressão e a tirania, os emboabas conseguiram convencer a coroa acerca da legitimidade de sua causa. Para isso contou muito a imagem extremamente negativa que, desde o século XVI, se imputava aos paulistas, tidos por vassalos rebeldes e insubmissos.

A guerra dos emboabas mostrou a fragilidade do controle da Coroa sobre a região e a necessidade de instalar um aparato administrativo e fiscal mais próximo da área de mineração. Até então, o governador da repartição Sul, responsável também pelas Minas, residia no Rio de Janeiro, que ficava muito distante. Para controle das Minas, havia apenas um superintendente, que cuidava da distribuição das lavras e do reconhecimento dos impostos. Em fins de 1709, como resultado da Guerra dos Emboabas, a antiga Repartição Sul foi desmembrada o que redundou na criação da capitania de São Paulo e Minas do Ouro, separada da capitania do Rio de Janeiro.

Revolta de Vila Rica e as casas de fundição.

Por volta de 1720, a produção do ouro já crescera de maneira extraordinária, e a Coroa constatou que a quantidade de impostos sobre a produção metalífera parecia estar sempre muito aquém da produção. Para evitar essa distorção foi baixada uma lei que proibia a circulação de ouro em pó e ordenava que todo o metal produzido deveria ser fundido em barras, única forma sob a qual poderia circular a partir de então. Para tanto decidiu-se pela instalação de casas de fundição em todas as comarcas, onde o metal seria fundido e o imposto recolhido(o quinto).

O quinto: a coroa cobrava um quinto sobre o ouro retirado das Minas, sem direito a nenhum abatimento de despesas operacionais.

Essa medida provocou a oposição da população que reagiu e se revoltou em Vila Rica, na chamada Revolta de Vila Rica.

Essa revolta adiou o projeto de instalação das casas de fundição, mas acelerou a decisão de conceder autonomia administrativa para as Minas, com o objetivo de diminuir a distância entre a sede do governo e a população da área. Assim, em fins de 1720, D. João V criou a capitania das Minas Gerais, desmembrada da de São Paulo.

Descaminhos

Enquanto uma multidão ia em busca de riqueza, a Coroa se preocupava em assegurara o pagamento da quinta parte daquilo que foi extraído, e para isso enviaram inúmeros funcionários para a região, vilas fundadas, pelourinhos erguidos, alfândegas ampliadas, ouvidorias, casas de fundição e moeda, registros de passagem ( a espécie de pedágio da época) etc.

Aos mineradores não era cobrado somente o quinto, mas também “direitos de entradas”(sobre todos os produtos vindo de fora, em alguns casos até 75% do valor da mesma mercadoria no porto do Rio), “direitos de passagem” (espécie de pedágio), dízimo para a Igreja e o “subsídio voluntário” (criado pelo Marquês de Pombal para ajudar na reconstrução de Lisboa depois do terremoto de 1755).Todas as estradas, rios e passagens possuíam casas de registro e o ouro só podia circular em barras com um guia.

Ainda assim calcula-se que pelo menos 35% do metal (cerca de 300 toneladas) extraído da terra foi contrabandeado. Mais do que o esgotamento das veios, foi a tributação abusiva que provocou a decadência das minas.

Exercício (responda em seu caderno):

1) Ironicamente, muitos mineiros morreram de fome na fase inicial da extração do ouro, apesar de possuírem muitas pepitas. Por que isso aconteceu?

2) Como a mineração acelerou o declínio da agroindústria açucareira?

3) Quem eram os emboabas e por que os paulistas entraram em guerra contra eles?

4) Explique as transformações econômicas que a mineração provocou no Brasil.

5) Como se dava a exploração da Minas por parte da Coroa Portuguesa?

6) O ciclo de mineração foi o responsável pela efetiva ocupação das seguintes capitanias:

a) São Paulo – Minas Gerais – Goiás.

b) Goiás – Mato Grosso – Minas Gerais.

c) Minas Gerais – São Paulo – Bahia.

d) Mato Grosso – São Paulo – Goiás

e) Bahia – Goiás – Mato Grosso.